Diagnóstico molecular e aspectos clínico-epidemiológicos da erliquiose canina no semiárido potiguar

  • Autor
  • Raylanne Letícia Pessoa Sousa
  • Co-autores
  • Bruno Vinícios Silva de Araújo , Juliana Fortes Vilarinho Braga
  • Resumo
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    A erliquiose monocítica canina (EMC) é uma doença bacteriana comum na clínica veterinária cuja transmissão está associada ao carrapato vetor Rhipicephalus sanguineus. Considerando a escassez de estudos sobre essa doença no semiárido potiguar, esse trabalho teve como objetivo determinar a ocorrência, características epidemiológicas e clínicas da EMC em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Para isso, foram analisados 22 cães, dos quais foram registrados sinais clínicos e ectoparasitismo por carrapatos. Quando presentes, os carrapatos foram coletados e conservados em álcool 70% para identificação por meio da análise das características morfológicas sob microscópio e/ou estereomicroscópio utilizando chave para classificação previamente descritas. Para pesquisa direta do agente, foram realizados esfregaços sanguíneos com uma gota de sangue periférico obtido por punção auricular. As lâminas foram secas ao ar, fixadas e coradas utilizando kit comercial panótico rápido e analisadas em microscópio de luz comum sob imersão em objetiva de 100X. Adicionalmente, foram coletadas amostras de sangue total para pesquisa do DNA de Ehrlichia canis. Após a extração do DNA, as amostras foram quantificadas e submetidas a reação em cadeia pela polimerase (PCR) para detecção do gene de controle endógeno beta-actina. Uma vez confirmada a viabilidade do DNA, procedeu-se a realização da nested PCR para detecção do gene 16S rRNA de E. canis utilizando-se primers e programas de amplificação específicos. Os dados epidemiológicos e clínicos foram dispostos em tabelas de contingência 2 x 2 para realização de teste exato de Fisher e verificação de associação quanto à positividade para E. canis à PCR. O DNA de Ehrlichia canis foi detectado em 15% (3/19) dos animais. Nos cães infectados, os sinais clínicos mais frequentes foram linfadenomegalia (100%), esplenomegalia, apatia e anorexia (66,7%), no entanto não houve associação estatisticamente significativa entre esses sinais clínicos e a positividade para E. canis. Em nenhum dos animais positivos foram encontrados ectoparasitas no momento do exame físico. À pesquisa direta dos agentes, não foram observadas mórulas de Ehrlichia sp, no entanto 18,2% (4/22) dos cães foram positivos para Anaplasma platys e 10,0% (2/22) para Hepatozoon sp. Esses dados demonstram a ocorrência da EMC na cidade de Mossoró, onde os cães frequentemente apresentam sinais clínicos inespecíficos evidenciando a necessidade de diagnóstico confirmatório, contribuindo para escolha terapêutica e adoção de medidas de controle e prevenção.   

     

  • Palavras-chave
  • Cão, Ehrlichia canis, PCR, doenças transmitidas por vetores.
  • Área Temática
  • Ciências Agrárias
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